quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Sem spoilers

Esse post é originalmente de março de 2014, só pra constar ;)




Por fim assisti o 4º filme de Bleach! Não deixou nem um pouco a desejar, na minha opinião. Gostei da história rápida, sem muitas delongas; da participação mais focada nos protagonistas; e principalmente do vilão - forte, foda, sarcástico e imprevisível.

Acho que, enfim, terminei de assistir tudo relacionado a esse anime. Os 366 episódios que saíram (sim, assisti os fillers), os 4 filmes, e mesmo OVAs. Baixei toda a trilha sonora do Shiro Sagisu, e diversos AMVs feitos por fãs. Me empolguei muito com essa história distinta e bem elaborada, cheia de personagens carismáticos e enredos inteligentes de Tite Kubo, desde 6 anos atrás, quando o Kabelano me apresentou pela primeira vez o "GOOOOOOD MOOOOOORNING IIICHIGOOOOOO!!!!!!"

Vou aproveitar e expor aqui um desabafo, ou talvez apenas uma opinião, mesmo. E escrevo enquanto ouço essa fodalhástica trilha sonora do 4º filme, do momento mais apelão de todos!





Muitas pessoas não conhecem a satisfação que um anime, ou qualquer outro enredo/animação longo, seja um seriado, livro, minisérie, enfim, pode trazer. Não entendem a sensação de envolver Tempo - algo que, como vi alguém compartilhar hoje, é algo que jamais volta, então devemos escolher bem no que devemos investí-lo. Tempo em algo tão longo, que retorna tantas emoções e surpresas de uma história incrível e bem elaborada.

Ilustrando melhor o que quero dizer: Não tem valia eu comentar com qualquer amigo sobre minha sensação após assistir isso tudo. Pois, por mais que eu explique ou dê enfase, ELE NÃO VAI ENTENDER essa sensação. Não irá entender a sensação de ter dedicado pelo menos 7320 minutos da minha vida a entrar nessa história e me impressionar com seu desenrolar (sem contar repetições e o tempo que esperava para cada episódio).

Somente após assistir os 300 episódios é que consigo sentir o PRAZER em ver o Aizen se explodir ao meio! Somente após tanto treinamento e sofrimento consigo ver e achar foda o Getsuga Tenshou com a máscara no vilão dos clones (e esse FOI DIFÍCIL!)! ESSE PRAZER IMENSO não é passível de ser sentido e compreendido por quem não concedeu tanto tempo de sua vida a entender e participar da história como um todo, vendo COMO FOI DIFÍCIL, COMPLEXO, e teve MUITA HISTÓRIA antes disso acontecer!

Por mais que eu queira expor a eles tudo isso, eles não irão compreender. E é um pecado mortal assistir o final, ou à cenas importantes pelo simples fato de serem "fodas" sem ter visto o que desenrolou e deu base para todos aqueles acontecimentos! Ao fazer isso se QUEBRA a história, pois, ou não sentirá a FODALHÃOZICE do momento, ou já terá ciência daquele fato importante se resolver assistir no futuro! De quê adianta, assim?
Por isso que me limito apenas a dizer ASSISTE QUE É BOM, e jamais mostro alguma cena ou momento importante.

Dentre muitos, muitos outros exemplos, escolhi esse para ilustrar meu ponto. Mas uma situação parecida foi a que tive quando li as quase 2000 páginas de MUSASHI, e visualizei o confronto final na ilha de Fukushima. Só alguém que leu e visualizou aquelas 2000 páginas de histórias em que os 2 espadachins viriam a se encontrar pode compreender a imponência daquele momento!
E sentir isso, ao ver o braço se arrepiar!

Por fim, os momentos de assistir o Dream Credits de Samurai Warriors 2, meu jogo favorito. Aquele vídeo não é algo que se possa assistir a qualquer momento... Mas apenas após um Story Mode inteiro de lutas, guerras, MUSOU, berros, parceria, I am Invencible! e No enemy shall Ever surpass me! Após passar uma tarde inteira em função disso e desfrutar desse momento, assistir fragmentos da história de cada personagem, com a música plena ao fundo... Esse momento é que vale. Com esse fundo, esse histórico, essa Motivação que suporta esse ato aparentemente tão simples, mas que é fruto de tanto prazer...

Creio que é isso dá Intensidade à vida! E isso é algo que quero muito!

Fica aí meu parecer e desabafo.
Bleach é um anime Completo. Mas para quem for assistir, não menosprezem o começo. Dediquem seu tempo, sua atenção. E o mesmo vale pra qualquer história - anime, mangá, jogo, livro, série - que decidirem acompanhar. E evitem spoilers, pois eles apenas quebram toda a emoção, esse tremor. Sentir esse arrepio é a grande graça de tudo isso! x)

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Fazer uma social

Estou em Edmonton, no Canadá. Atualmente morando na faculdade, num lugar lindo que parece até uma cidade pequena - cheio de parques, árvores, ar puro, no alto de umas colinas. É quase 1:00am e estou ouvindo OSTs de Hajime no Ippo.

Quem diria que tudo deu certo. Depois de incontáveis engraçados desesperadores problemas que ocorreram desde que fui pegar o avião, cheguei aqui e tudo deu certo. Essa história muitos já conhecem (se não conhecem, basta me perguntar que eu conto bem faceiro), então não faço questão de escrever aqui.

Esses tempos assisti um documentário chamado That Sugar Film, que criticou muito o excesso de açúcar que ingerimos diariamente sem nos dar conta. Mas mesmo assim não consigo parar com o refri e o chocolate. Já experimentei por um mês, e posso dizer que foi uma tortura.
Sei que não é a maneira certa de se pensar, mas creio que faço por merecer essas guloseimas com meu dedicado treino diário na academia & correndo. Não quero parar, na verdade. Eles me fazem muito bem. Pelo menos pro meu paladar. Pelo menos no sentido mediato. xD
Tenho ido treinar todos os dias. Se eu não for, com a academia aqui no campus, devem dar na minha cara, mesmo



Ultimamente notei que ando meio "impaciente", mas essa não é bem a palavra certa. Pode-se dizer apenas que Liguei o Foda-se, pra certas situações e certas pessoas.
Na minha vida sempre levei em consideração o ato de fazer uma socialisto é, de fazer ou deixar de fazer coisas que tu não quer em prol do ambiente, da situação - em suma, em prol dos outros.
De uns tempos pra cá, contudo, mudei essa minha atitude. Deixei de ser um engolidor de sapos (que eu já não vinha sendo há muito tempo, mas enfim) pra ser alguém que não guarda rancor, nem remorso. Mas também não guarda dentro do peito a bomba que quer explodir, porque sabe que eventualmente ele vai acabar botando pra fora - e muitas vezes em cima de quem não merece e nem tem nada a ver,

É algo que todos fazem, botar pra fora. E ir absorvendo todo o stress e a raiva que eventualmente passamos só sairá pela culatra lá na frente. Por isso, se sou incomodado, tenho feito questão de comunicar à pessoa que está causando o incômodo - ao invés de reclamar dela pelas costas - e exigir uma atitude distinta, com respeito.
Inúmeros exemplos tenho passado, que ratificam bem o que quero dizer. Não há necessidade de expô-los aqui.

O importante é simplesmente ter em mente que não devemos a outras pessoas. Não somos obrigados a tolerar uma imensa quantidade de coisas "pelos outros". Isso se aplica ao filho da mãe que fica falando durante o filme no cinema; ao imbecil que escuta música sem fones de ouvido no ônibus (até hoje ainda tem gente que faz isso); e muitos outros casos. Muitas situações em que, já incomodados, resolvemos "deixar quieto" pra não criar atrito mas ficamos remoendo a raiva dentro do peito.
Por "já incomodados", quero ressaltar o fato de que podemos evitar muitos incômodos se simplesmente evitarmos certos lugares e certas companhias. Mas há casos em que isso não é possível ou que é extramemente indesejado (como trocar de ônibus por causa do imbecil ou abandonar o filme na metade por causa do filho da mãe que não fica quieto).

Acho estúpído quem fica constantemente quieto em situações assim. Extremamente incomodados, louco pra botar pra fora, se contêm e raramente apoiam aquele que se presta a tentar uma reclamação honesta. Apenas reclamam que "tinha um imbecil que não calava a boca no meio do filme" mais tarde.

É inútil fazer algo assim.

Inútil porque o infeliz não irá compreender o incômodo que está causando; não irá mudar sua atitude; e tu irá apenas se prejudicar com essa carga de estresse dentro do peito. O que eventualmente fará com que tu exploda isso tudo de algum jeito não muito benéfico no futuro.
Portanto, o melhor a fazer é, respeitosamente, mas sério, deixá-lo saber que agora é hora de calar a boca; que nesse lugar não é permitido fumar; que ninguém é obrigado a escutar o lixo de música que ele quer ouvir; que Ele está errado e Ele tem que parar e se desculpar; que tu não precisa se preocupar em ter vergonha de falar algo (Pois o errado não é você!)

Penso seriamente que não é nada benéfico, pra si mesmo e pros outros, ser um engolidor de sapos. Claro que não precisa botar pra quebrar na cabeça de todo mundo o tempo todo, mas ah; como a sociedade seria melhor se certas regras e limites fossem respeitados - e como isso aconteceria mais frequentemente se as pessoas não calassem a boca na frente de algo errado, por menor que seja.



Vou ficar por aqui trazendo a informação de que Penso estar chegando a alguma conclusão em relação ao meu futuro profissional. E, eu posso não ter comentado isso aqui, mas esse é um dos dilemas que mais tem me questionado (porque é, tipo assim, a coisa que vou fazer mais de 1/3 da minha vida no futuro; que "me definirá" de acordo com a sociedade.)

Por eu ter mencionado algo sobre estresse e raiva, talvez pareça que eu esteja me estressando, mas estou me divertindo muito mais do que parece.
Não tem como não ficar de bom humor nos dias de sol e céu azul límpido - mas frio, bem frio - nesse lugar maravilhoso. Correr poucas vezes foi tão divertido x)

terça-feira, 28 de julho de 2015

Pássaro

Hoje acordei "cedo". Considerando que dormi 5 horas e não eram 9:00, isso é cedo. Na expectativa de um dia de sol (como a previsão do tempo tanto afirmara), me levantei e abri a porta.

Pra minha surpresa, não era bem um dia lindo que me aguardava.
O tempo estava nublado e havia cerração por tudo. Nem dava pra enxergar tão além da frente da minha casa. Além disso, tive que começar o dia presenciando outro evento que não queria.

No meu quintal havia um pássaro morto e um gato, que provavelmente o atacara.

Na verdade ele não estava morto. Seus olhos se mexiam e ele tremia, no chão. O gato provavelmente o largara ali por notar minha presença abrindo a porta e se afastara antes de eu sair.

Então, ficou parado me olhando um passarinho ferido, que não conseguia voar.
Que faço eu?


Primeiro tentei vagarosamente empurrá-lo com uma vassoura, pra ver se ele tentava voar, talvez por medo. Mas isso apenas confirmou que ele de fato estava machucado, e não levantaria dali sozinho. Sem muito mais o que pensar, tomei-o e coloquei num local alto, em que nenhum gato ou outro animal terrestre conseguiria alcançá-lo.

O mundo segue uma cadeia alimentar. Não sou vegetariano nem um defensor dos animais. Não me mobilizo por essas causas.  Contudo, pensei por um instante que, se eu fosse uma pequena criatura em um mundo onde existissem diversos predadores maiores e mais fortes, e se eu me encontrasse numa situação perigosa como aquela, ficaria grato ao gigante bondoso que me colocasse fora do perigo iminente.

Ainda que fosse para apenas olhar o mundo de um lugar de cima, esperando para morrer.

Talvez eu não seja tão bom para me mobilizar por conta desses casos, mas também não seja tão ruim a ponto de ignorar aqueles que surgem na minha frente.

O gato que salvei semana passada é outro exemplo disso.





De qualquer forma, isso iniciou meu dia de uma forma um pouquinho azeda. Ao pensar que fiz uma "boa ação" insignificante, pois de nada iria adiantar prolongar a vida daquele ser alado.
Ou iria? Reconheço que não sei. Não cheguei a uma conclusão. Nem pensei muito sobre isso.

Mas acho que, mesmo diante da morte certa, a maioria das criaturas ainda gostaria de prolongar o tempo que lhes resta nesse mundo. Por outro lado, dizem que o segredo em pescar está em levantar a linha com o peixe mordendo a isca justamente porque ele para de se debater quando está no ar, diante da morte certa. Pelo menos, ele deixa de lutar.

Mas por não lutar, ele não quer viver?

Depois disso, tomei um café razoável e fui pra academia. Pernas e ombros, seguido de meia hora correndo na esteira. Foi um treino bom. Corrida intensa, puxada. Vendo os minutos se desenrolarem, correndo a simples mas constantes e cansativos 10km/h.

E conforme a manhã foi passado, as nuvens se absteram de bloquear a luz e o sol deu as caras. Um sol límpido, junto de um céu azul. Mesmo um calorzinho foi tomando conta, o que me fez carregar nas mãos o excesso de roupa que levara pra não passar frio. No fim das contas, a previsão do tempo acertou mesmo.

Ao chegar em casa, vi que o pássaro continuava lá. Olhando pro nada, Imóvel. Vivo ou morto, estava com o mesmo olhar penetrante.




Morrer é a única certeza que há nesse mundo. Pelo menos enquanto a tecnologia não nos transformar facilmente em androides/ciborgues, todos temos em mente que um dia deixaremos de existir nesse mundo. Que nosso corpo se transformará em pó. E sem a mínima ideia do que acontecerá com nossa mente.

Da mesma forma que as pessoas dão mais valor ao que não têm ou que o têm de forma inconstante ou mesmo rara, damos mais valor à vida por sabermos que um dia vamos morrer. "Existimos", mas nossa existência tem um prazo de validade - sujeito ainda a eventos supervenientes que podem invalidá-la muito antes do esperado, sem previsão.

Esse conhecimento da morte deve ser, então, um gatilho. Uma motivação, que nos estimule a viver os dias cientes desse tempo que passa. Felizes ao fazer as coisas; sem esperar atingir certos ápices para atingir a felicidade. Felizes por nós mesmos e por nossos queridos. Felizes por termos deveres para cumprir, e momentos pra relaxar nos domingos. Felizes por termos sido escolhidos, dentre bilhões de outros espermatozóides. Felizes por estarmos, afinal, vivos.

Mesmo aquele pássaro, que já não deve mais existir, viveu e, diante da morte, se apegou à vida o máximo que pôde.

De um jeito ou de outro, estamos todos vivendo.
Mas acho que uns mais do que outros.

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Update

Faz realmente um bom tempo que não posto nada por aqui. Talvez por falta de tempo; falta de interesse. Falta de "necessidade" de escrever sobre algumas coisas.
Contudo, essa é a terceira noite chuvosa seguida, e essas músicas instrumentais e OSTs estão me estimulando a colocar no papel. Mesmo que sejam 04:10 e eu acorde antes das 10h.


Saí do Direito, fiz intercâmbio pro Canadá, troquei o curso pra Relações Internacionais. Tive dois namoros sérios desde 2011. Segui a academia normalmente, atualmente tendo frequentado cerca de 5 anos 3 meses. Esses são os principais updates.



A sensação de constante expectativa...
Talvez isso me defina, parcialmente, hoje.

Expectativa de certa resposta.
E o fato dessa resposta ter sido adiada e esteja sendo mais uma vez, me dá voltas no estômago.
Por ser algo que irá determinar o que acontecerá, pelo menos, nos meus próximos meses - o que farei, o que estudarei, onde trabalharei, onde morarei.

Nesse sentido, só posso aguardar. Faz mais de uma semana que estou aguardando pacientemente (reclamando, é claro. Mas dane-se)


Eu deveria aproveitar bem esse meio tempo que estou "no ar". Até tenho feito isso, na verdade. Seguir assistindo Breaking Bad, Yu gi oh 5D e Hajime no Ippo sem dúvida foi uma excelente maneira de passar esse tempo, quando estou sozinho.
Também gosto de jogar. Maior passatempo são jogos nunca iguais de bolinhas coloridas, que brilham, extouram na tela - como Peggle e Zuma.


Anyway


Acho que não tenho feito da maneira que eu realmente gostaria.
Corresponder ao meu lado ansioso por viver. Meu lado animal, selvagem, louco por adrenalina. Por energia, pelo calor interno.

Acho que me acostumei tanto a ocultar e oprimir esse meu lado, que agora ele está impaciente em querer mostrar as caras. Como quando o Ichigo não consegue mais controlar o Hollow dele, no Bleach.

"Ore ga ou ni naru"
"(Agora) Eu sou o Rei!"


A verdade é que eu tenho uma quantidade de energia tão grande que isso se reflete até mesmo no volume da minha voz. Falando alto. GRITO. RIO BEM ALTO. EXPLODO!
Tenho feito o melhor uso desse dispêndio de energia constantemente treinando, me exercitando. Erguendo pesos. Correndo. E, se pudesse, ficaria batendo num saco de pancadas com uma luva de boxe, pra desestressar.

Mas aparentemente, nem isso é o bastante.
Não pra essa minha alma intensa, recheada de sede de viver.

E na atualidade, essa sede de viver está aliada a uma sensação de expectativa que não tem saído da minha cabeça.
Pra piorar, não pude ir na academia nos últimos 4 dias. Isso se reflete muito no meu humor e na maneira que interajo com as pessoas. Preciso fazer exercício o quanto antes.


Preciso de uma praia. Acompanhada, é claro, de um calor.

Não há nada como a sensação de um dia lindo, de céu azul e água do mar.
Ondas.
Ondas do mar nunca são iguais. Elas podem ser parecidas, mas nunca são iguais. Sempre vem com força, altura e nível de espuma diferente das outras.

Há três coisas que se pode fazer quando se está no mar e vem uma onda relativamente grande:
-Mergulhar, se você é alguém sem graça ou tem medo;
-Se virar de costas e "pegar" a onda - e seu desempenho dependerá do momento em que a onda está "caindo" ou passando por você, se estará próxima da crista, ou não (dependendo você será apenas engolido e batido na areia do chão, dando mortais sem controle algum, como que num liquidificador gigante [E se for eu, ficará mais feliz ainda e gritará "DE NOVO"])
-A mais difícil, que é ENFRENTAR a onda. É simplesmente pular na direção dela, e saiba-se lá o que acontecerá contigo (possivelmente "vencerá" ela ou será batido na areia dando mortais, etc, como citado anteriormente)

Quando vou pra praia, gosto de ficar 80% do tempo no mar. Talvez pelo fato de que "O sol" eu tenho quando estou na minha cidade natal; o mar tenho apenas quando vou pra praia.
Ou talvez eu apenas goste  pacas, mesmo.

Ouvindo o encerramento de Kaiji, meu segundo anime favorito, me despeço.



Constantemente me lembro de um quote de uma música do Frejat. Eu até tatuaria essa frase, se um dia pensar em fazer uma tatuagem.

(...)(Não vou viver de memórias...) 

Viver é bem mais!

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Aborto: Crime ou Ato Razoável?


Definido como um "Crime contra a Vida" em nosso Código Penal Brasileiro, a prática do aborto constitui um tipo penal passível de pena de reclusão, com exceção das hipóteses em que o mesmo provém de um estupro, ou nos casos onde não há outro meio para salvar a vida da gestante - nesses casos, fala-se em "extinção de punibilidade".

Destarte as exceções acima destacadas, a questão contém divergências e é causa de inúmeros debates nos dias de hoje.

Parte-se do pressuposto que o Legislativo Federal, ao editar referida norma, baseou-se no clássico critério humanista, onde o aborto consistir-se-ia numa injustiça para com a vida da criança, pois estaria privando-a do Direito Fundamental à Vida, protegido e amparado por nossa Constituição. Somado a isso, ainda, há o posicionamento daqueles que se deixam guiar unicamente por sua crença ou religião, implicando inclusive em uma ofensa ao Estado Laico.

Entretanto, outra corrente ideológica - outrora minoritária, mas que vem ganhando espaço - posiciona-se de maneira completamente oposta. Seus argumentos explicitam o fato da mulher dispor de seu próprio corpo, cabendo a ela decidir, a critério discricionário, sobre a execução do aborto ou sua desnecessária aplicação no caso concreto. Ressalta-se que essa margem de oportunidade e conveniência caberia à mulher não apenas devido à (in)disponibilidade de seu corpo; bem como seria errôneo analisar a questão como um conflito entre bens jurídicos distintos, ambos tutelados e protegidos pelo Direito.

Há de se analisar, portanto, as consequências práticas que o nascimento de mais um ser humano causará na vida de seus ascendentes. Em outras palavras, se estes terão condições econômico-financeiras de proporcionar à criança uma infância saudável, seguida de um crescimento decente.

Afinal, seria hipócrita e até mesmo incoerente coagir os cidadãos a um ato que mudaria por completo as suas vidas - e, indiretamente, a sociedade como um todo - unicamente em prol da aplicação de uma norma precipitada e extrema, presa à simples declarações de direitos subjetivos, sem se concentrar nas situações verídicas de nosso cotidiano.

O Supremo Tribunal Federal recentemente contribuiu para a razoabilidade da interpretação e alcance desta norma, ao manifestar sua palavra sobre a permissão do aborto nos casos de feto anencéfalo - fato que parece tão óbvio que a simples necessidade do STF ter de julgar mostra o quão atrasada é, de fato, a ideologia das pessoas em geral.

O Direito deve regular a sociedade e condicioná-la o mínimo essencial. Mas é um fato incontestável que, em conflito com esta, deverá aquele, formalmente, perecer!


Artur Henz dos Santos





domingo, 25 de março de 2012

Nostalgia...


Um sentimento estranho, a Nostalgia.
Segundo o wikipédia, Nostalgia descreve uma sensação de saudade de um tempo vivido, frequentemente idealizado e irreal.
Ainda, o interessante da nostalgia é o fato dela se diferenciar da Saudade. Enquanto esta é um sentimento suprível ao depararmo-nos com a situação de nosso pensamento, a Nostalgia aumenta ainda mais. É o melhor exemplo a sensação de encontrar um velho amigo, depois de meses ou anos sem entrar em contato, e ficar se lembrando dos momentos juntos, que não voltam mais.

As vezes sinto uma pequena nostalgia... Tácita, discreta... Nostalgia de alguns anos atrás. Minha época de 15, 16 anos - como as coisas mudaram de lá pra cá -, onde só o que enfatizava era uma presença... Uma situação, um toque...
Pedalava madrugada adentro, comprava uma Ice e me sentava num local isolado, unicamente com a intenção de olhar as estrelas. E com essa visão, mergulhar na minha própria dimensão... Imaginar, desenhar, fazer as coisas acontecerem... Ser o protagonista do Mundo, ter controle sobre todos os fatos da humanidade... Fazer parte do Drama que desenrolava para, ao final, ter assumido o papel do Melhor... Meu próprio Universo... Como as coisas eram mais interessantes lá.

O que mudou?

"There's something inside you... It's hard to explain..." 


Não sei dizer.


 "They're talking about you, boy... But you're still the same..."


Parece que, apesar de todos os confortos e conveniências desse mundo Material... A mente fica pedindo algo mais. A mesma mente que parece ter se fechado... trancado suas portas e janelas, com o intuito de não deixar ninguém mais ingressar, nada além de conhecimento provindo de estudos, dedicação a livros, artigos...
Mera banalidade.
Seria um bloqueio devido a um sofrimento demasiado... que resultou numa frieza interna, tácita, presente do âmago do meu ser?

"Algo que devia, mas não aconteceu"?

Será que este bom jovem, honesto, educado, simpático e agradável... Será que isso tudo não é calculado, planejado? Será que não existe uma conspiração interna?

Em linhas breves, talvez seja esse o ocorrido... Talvez essa alma tão pura e altruística, porém frágil e sensível tenha sofrido demasiado com suas próprias ilusões. Mesmo com uma mente inteligente, mesmo habitando um corpo tão forte. E devido a esse sofrimento, juntamente com outras fatores externos - menos importantes, mas contáveis -, essa mesma alma tenha assumido o caráter da Indiferença...

Seria isso o tal amadurecimento? O ato de sofrer e, em conseguinte, aprender com suas falhas... Não implicaria isso numa formação ainda melhor para o futuro? É sabido que não são dignos de suas lições de moral aqueles que as decoraram de outrem de forma automática, mas sim aqueles que sentiram de fato a dor...

Indiferença... Talvez seja de fato um sinal do que chamam de Maturidade. Mas é esta última tão boa assim? O ato de ignorar o que antes lhe causava extrema agitação sentimental significa uma evolução?
O foco na área racional, ao invés da emocional... É isso realmente bom?

Sofrer por um sonho... É algo tão ruim assim? Ou pior que isso é ter sonho algum para sofrer? É não ter em mente nada concreto, gozando apenas de prazeres passageiros, momentos de conveniência... Não seria melhor essa explosão sentimental descontrolada, seguida de lágrimas externas... Do que o simples ato de "não pensar"? 

A diferença prática já é vista no início do cotidiano, onde o Sofredor acorda com uma razão concreta pra viver... Um sonho, uma idealização... O calculista vê em frente apenas um objetivo, uma meta. E entre esses termos, existe uma grande diferença... Mesmo à noite, antes de dormir, apenas aquele vai à cama com o intuito de sonhar. 

Talvez essa indiferença seja de fato um aprendizado... Talvez a grande maioria das pessoas passe por isso, e deixe de pensar tanto na vida... E de fato viva-a! Quem sabe o lado positivo disso tudo não está exatamente no fato de deixar de se perder em pensamentos pra viver no mundo material...
 

Mas o simples fato de se focar no mundo Material significa viver? Ou Vivem muito mais aqueles que se deixam levar pela mente, num estágio de hipnose, felizes, sofredores em seu mundo?

 
Esse mesmo mundo material, porém, as vezes me parece tão sem graça.
Mas quando olho por outro lado... Vejo tantas coisas que me atraem.
Música... Livros... Amigos...
Sexo... Jogos... Mulheres...
Animes/Mangás... Filmes...
Dança... Comida... Exercício...

Entre tantas outras coisas... E é mais do que o suficiente pra viver... [Ou eu deveria colocar "(sobre)" antes do verbo? Não sei dizer.]

É uma dúvida que não vou conseguir responder... Talvez seja tanto bom como ruim. Talvez faça parte do crescimento, e seja algo que aconteça com todos nós. Talvez seja até Bom, e eu não esteja vendo isso agora. Mas não deixo de pensar, as vezes, bem no intuito de minha alma... Como eram felizes meus momentos de Nostalgia.





segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Altruísmo: O Caminho para uma segunda chance?

Desde que nasce, o ser humano tem a tendência a ser egoísta. Está presente na raiz de cada um a qualidade do individualismo, o chamado "cada um por si", onde o interesse de um único indivíduo prevalece sobre o do coletivo.

É desnecessário, haja visto a sociedade atual, a exposição de demasiados exemplos. Mas se ressalta: todos os dias, no cotidiano de cada um, é visível - e explícito - o estado de miserabilidade de terceiros. Mas o que fazem aqueles, ao se depararem com o sofrimento e desespero destes? Nada. Apenas seguem seu rumo, indiferentes ao que deveria ser considerado cruel e desesperador.

O ser humano está acostumado ao Caos! Isso provém de uma questão de valores, paradigmas que estão em carência, necessários para condicionar esse "egoísmo pré-existente". Mas uma vez que o real altruísmo é uma utopia, seria suficiente atenuar os efeitos do individualismo com a inserção do sentimento de coletividade. Isso, porém, é outra utopia.

Contudo, existem - exceção à regra - pessoas altruístas. Mas por se tratarem da minoria, suas ações geralmente passam despercebidas, até mesmo descartadas, o que desmotiva cada vez mais o ato de "se colocar no lugar do outro". Isso indica que o altruísmo de poucos não é o suficiente para salvaguardar a muitos.
 O fato é que as pessoas são - ressalvadas as exceções - robóticas e frias, egocêntricas e indiferentes .Focam-se apenas em si mesmas e carecem totalmente do chamado "amor ao próximo".

Talvez, se cada um considerasse a sociedade como um todo, ligada às pessoas por um elo de respeito e - na medida do possível - altruísmo, o ser humano seria merecedor, de fato, do termo "humano". Enquanto isso ainda se mostra outra utopia, uma vez que depende da transformação de muitos (coletivo), o que resta, a cada uma das pessoas, é agir de maneira honesta. Honestidade, e não apenas o Altruísmo, é o elemento necessário para se tornar merecedor do que chamam de "uma segunda chance"...

Artur Henz dos Santos



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