Há tempos o ser humano tenta definir o real conceito de "Felicidade". Por se tratar de algo abstrato, subjetivo, isto é, diversificado em relação a cada indivíduo, determinar "Felicidade" é algo de difícil (senão impossível) execução. Trata-se, pois, de algo pessoal, seguindo portanto o velho paradigma de "O que é bom para uns pode não agradar a outros". Sua essência é relativa, pois, a opinião própria de cada um.
As divergências na definição de "Felicidade" são tantas que é de mais fácil explicação do autor e melhor entendimento do leitor a exemplificação dualista, ou seja, a exposição dos dois lados de cada moeda.
Com base nessa linha de raciocínio, pergunta-se então: O que é para o ser mesquinho (vulgo "pão-duro") Felicidade, senão poupar seu dinheiro e saborear-se com sua saturada conta bancária? Mas em contrapartida, pergunta-se: em que se baseia a Felicidade para a Mulher materialista, senão no exagero de compras - roupas e adereços fúteis -, em que se gasta todo o seu dinheiro suado? Não são essas opiniões totalmente distintas, porém existentes e verídicas?
Da mesma forma, ao selecionarmos aqui um jovem estudante comum, em sua época de estudos e provas, e acolá um homem aposentado, de gostos caseiros e cômodos; não almejará aquele um final de semana de calor na praia, com a presença de jovens garotas e um mar de água gelada, enquanto o senhor mais vívido desejaria, possivelmente, não mais que um clima frio, somado a um bom filme, edredons e acompanhamento?
Enquanto uma inocente menina deseja uma bela e singela flor, por que não pode, para um jovem moleque, ser a felicidade um inseto, muitas vezes considerado asqueroso e nojento? Qual o motivo do desprezo, uma vez que trata-se apenas de uma questão de gosto individual?
O rapaz "Metaleiro", que tem excepcional atração por músicas de tom pesado e grosseiro, sente êxtase e emoção ao ouvir o vocal forte em volume ensurdecedor, mas é sua felicidade menos digna que a do homem calmo, passivo, que se delicia ao ouvir Roberto Carlos ou Geraldo Vandré?
Em um dia de sol, pode sim uma pessoa ativa (por mais raro que seja, existem) sentir prazer em trabalhar, cortar a grama e regar suas orquídeas, enquanto a grande maioria aproveitaria e teria sua sesta, descansando e se recuperando de esforços diários.
Para um homem carnívoro ao extremo, o que o faria mais feliz além de um bom churrasco num sábado a noite, com direito a todos os tipos de carne possíveis? Isso, porém, só serviria para estragar o mesmo final de semana de uma namorada radical vegetariana.
São incontáveis, talvez até infinitos os casos em que há diferenças e divergências na definição de "Felicidade". Há, inclusive, aqueles que a determinam como um objetivo a longo prazo, como uma meta de vida maior a ser buscada. Há os que a definem apenas como um "somatório de momentos felizes". Existem os que a vinculam à existência de um "amor-perfeito" ou "parceiro-ideal" e, em contrapartida, existem os que preferem viver individualmente, sem companheiro algum, e o fazem de maior bom grado. Qual opinião estaria mais correta?
Pessoalmente, não saberia definir logicamente esse atributo que chamam de Felicidade. Mas existe apenas um fator concreto, homogênio, sem divergências que presencio e testemunho todos os anos, que me leva por fim a concluir:
A definição de "Felicidade" é, para cada um, individual... mas Todos são Felizes Tomando Sorvete!
Artur Henz dos Santos
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