Desde que nasce, o ser humano tem a tendência a ser egoísta. Está presente na raiz de cada um a qualidade do individualismo, o chamado "cada um por si", onde o interesse de um único indivíduo prevalece sobre o do coletivo.
É desnecessário, haja visto a sociedade atual, a exposição de demasiados exemplos. Mas se ressalta: todos os dias, no cotidiano de cada um, é visível - e explícito - o estado de miserabilidade de terceiros. Mas o que fazem aqueles, ao se depararem com o sofrimento e desespero destes? Nada. Apenas seguem seu rumo, indiferentes ao que deveria ser considerado cruel e desesperador.
O ser humano está acostumado ao Caos! Isso provém de uma questão de valores, paradigmas que estão em carência, necessários para condicionar esse "egoísmo pré-existente". Mas uma vez que o real altruísmo é uma utopia, seria suficiente atenuar os efeitos do individualismo com a inserção do sentimento de coletividade. Isso, porém, é outra utopia.
Contudo, existem - exceção à regra - pessoas altruístas. Mas por se tratarem da minoria, suas ações geralmente passam despercebidas, até mesmo descartadas, o que desmotiva cada vez mais o ato de "se colocar no lugar do outro". Isso indica que o altruísmo de poucos não é o suficiente para salvaguardar a muitos.
O fato é que as pessoas são - ressalvadas as exceções - robóticas e frias, egocêntricas e indiferentes .Focam-se apenas em si mesmas e carecem totalmente do chamado "amor ao próximo".
Talvez, se cada um considerasse a sociedade como um todo, ligada às pessoas por um elo de respeito e - na medida do possível - altruísmo, o ser humano seria merecedor, de fato, do termo "humano". Enquanto isso ainda se mostra outra utopia, uma vez que depende da transformação de muitos (coletivo), o que resta, a cada uma das pessoas, é agir de maneira honesta. Honestidade, e não apenas o Altruísmo, é o elemento necessário para se tornar merecedor do que chamam de "uma segunda chance"...
Artur Henz dos Santos
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