segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Altruísmo: O Caminho para uma segunda chance?

Desde que nasce, o ser humano tem a tendência a ser egoísta. Está presente na raiz de cada um a qualidade do individualismo, o chamado "cada um por si", onde o interesse de um único indivíduo prevalece sobre o do coletivo.

É desnecessário, haja visto a sociedade atual, a exposição de demasiados exemplos. Mas se ressalta: todos os dias, no cotidiano de cada um, é visível - e explícito - o estado de miserabilidade de terceiros. Mas o que fazem aqueles, ao se depararem com o sofrimento e desespero destes? Nada. Apenas seguem seu rumo, indiferentes ao que deveria ser considerado cruel e desesperador.

O ser humano está acostumado ao Caos! Isso provém de uma questão de valores, paradigmas que estão em carência, necessários para condicionar esse "egoísmo pré-existente". Mas uma vez que o real altruísmo é uma utopia, seria suficiente atenuar os efeitos do individualismo com a inserção do sentimento de coletividade. Isso, porém, é outra utopia.

Contudo, existem - exceção à regra - pessoas altruístas. Mas por se tratarem da minoria, suas ações geralmente passam despercebidas, até mesmo descartadas, o que desmotiva cada vez mais o ato de "se colocar no lugar do outro". Isso indica que o altruísmo de poucos não é o suficiente para salvaguardar a muitos.
 O fato é que as pessoas são - ressalvadas as exceções - robóticas e frias, egocêntricas e indiferentes .Focam-se apenas em si mesmas e carecem totalmente do chamado "amor ao próximo".

Talvez, se cada um considerasse a sociedade como um todo, ligada às pessoas por um elo de respeito e - na medida do possível - altruísmo, o ser humano seria merecedor, de fato, do termo "humano". Enquanto isso ainda se mostra outra utopia, uma vez que depende da transformação de muitos (coletivo), o que resta, a cada uma das pessoas, é agir de maneira honesta. Honestidade, e não apenas o Altruísmo, é o elemento necessário para se tornar merecedor do que chamam de "uma segunda chance"...

Artur Henz dos Santos



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Opressão: A Coação do Conformista

Algo primordial, contínuo, com origens na personalidade humana, a opressão pode ser conceituada como "efeito negativo experimentado por pessoas que são alvo do exercício do poder numa sociedade ou grupo social".

Uma vez que o termo é de simples entendimento - deriva da idéia de "ser esmagado"-, sua definição não é, pois, hermética.

A base da opressão se baseia em uma característica presente em todas as pessoas: a incapacidade de respeitar as diferenças, físicas e/ou psicológicas, existentes de pessoa para pessoa ou grupo social, obtendo com isto um sentimento de aversão, tendo por base nada além de um pré-julgamento. Trocando em miúdos: Preconceito. O vilipêndio com a qual tratamos pessoas distintas é variado; desde a violência e humilhação pública ao zoilismo particular, implícito e discreto.

As consequências da opressão constituem, muitas vezes, em indeléveis lesões psicológicas àqueles que dela sofrem, tornando-os misantropos e pulsânimes, totalmente adversos à sociedade. A coerção impõe a prevalência de determinada linha de pensamento ou existência sobre as demais, tratando-as como errôneas e inferiores, inúteis e desprezíveis; efeito semelhante exerce ao rotular determinado elemento como submisso aos demais.

A opressão não deve jamais ser aceita. Ademais, os oprimidos jamais devem permitir ser subjugados em prol de um capricho sem sentido. Ressaltando o que disse Friedrich Schiller, "sempre poderemos observar que os povos mais oprimidos são também os menos inteligentes..." É sabido que a união das pessoas pode quebrar qualquer sistema. Mas estas são, em geral, tolas e conformistas. Desgastam os tímpanos berrando injustiça no mundo, mas não tomam atitude alguma senão se conformar.

Em suma, parafraseando Napoleão Bonaparte, conclui-se: "Todo homem luta com mais bravura pelos seus interesses do que pelos seus direitos"... 'Logo, façamos daqueles sinônimos destes'.


Artur Henz dos Santos




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sábado, 12 de novembro de 2011

A Fórmula da Felicidade

Há tempos o ser humano tenta definir o real conceito de "Felicidade". Por se tratar de algo abstrato, subjetivo, isto é, diversificado em relação a cada indivíduo, determinar "Felicidade" é algo de difícil (senão impossível) execução. Trata-se, pois, de algo pessoal, seguindo portanto o velho paradigma de "O que é bom para uns pode não agradar a outros". Sua essência é relativa, pois, a opinião própria de cada um.
As divergências na definição de "Felicidade" são tantas que é de mais fácil explicação do autor e melhor entendimento do leitor a exemplificação dualista, ou seja, a exposição dos dois lados de cada moeda.
Com base nessa linha de raciocínio, pergunta-se então: O que é para o ser mesquinho (vulgo "pão-duro") Felicidade, senão poupar seu dinheiro e saborear-se com sua saturada conta bancária? Mas em contrapartida, pergunta-se: em que se baseia a Felicidade para a Mulher materialista, senão no exagero de compras - roupas e adereços fúteis -, em que se gasta todo o seu dinheiro suado? Não são essas opiniões totalmente distintas, porém existentes e verídicas?
Da mesma forma, ao selecionarmos aqui um jovem estudante comum, em sua época de estudos e provas, e acolá um homem aposentado, de gostos caseiros e cômodos; não almejará aquele um final de semana de calor na praia, com a presença de jovens garotas e um mar de água gelada, enquanto o senhor mais vívido desejaria, possivelmente, não mais que um clima frio, somado a um bom filme, edredons e acompanhamento?
Enquanto uma inocente menina deseja uma bela e singela flor, por que não pode, para um jovem moleque, ser a felicidade um inseto, muitas vezes considerado asqueroso e nojento? Qual o motivo do desprezo, uma vez que trata-se apenas de uma questão de gosto individual?
O rapaz "Metaleiro", que tem excepcional atração por músicas de tom pesado e grosseiro, sente êxtase e emoção ao ouvir o vocal forte em volume ensurdecedor, mas é sua felicidade menos digna que a do homem calmo, passivo, que se delicia ao ouvir Roberto Carlos ou Geraldo Vandré?
Em um dia de sol, pode sim uma pessoa ativa (por mais raro que seja, existem) sentir prazer em trabalhar, cortar a grama e regar suas orquídeas, enquanto a grande maioria aproveitaria e teria sua sesta, descansando e se recuperando de esforços diários.
Para um homem carnívoro ao extremo, o que o faria mais feliz além de um bom churrasco num sábado a noite, com direito a todos os tipos de carne possíveis? Isso, porém, só serviria para estragar o mesmo final de semana de uma namorada radical vegetariana.
São incontáveis, talvez até infinitos os casos em que há diferenças e divergências na definição de "Felicidade". Há, inclusive, aqueles que a determinam como um objetivo a longo prazo, como uma meta de vida maior a ser buscada. Há os que a definem apenas como um "somatório de momentos felizes". Existem os que a vinculam à existência de um "amor-perfeito" ou "parceiro-ideal" e, em contrapartida, existem os que preferem viver individualmente, sem companheiro algum, e o fazem de maior bom grado. Qual opinião estaria mais correta?

Pessoalmente, não saberia definir logicamente esse atributo que chamam de Felicidade. Mas existe apenas um fator concreto, homogênio, sem divergências que presencio e testemunho todos os anos, que me leva por fim a concluir:
A definição de "Felicidade" é, para cada um, individual... mas Todos são Felizes Tomando Sorvete!

                                                                                                           Artur Henz dos Santos


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